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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Comentário à Missa do Próximo Domingo

Domingo XXI Tempo Comum – Ano A
21 de Agosto de 2011
O poder das chaves
A Primeira leitura é muito interessante. Shebna, administrador do palácio, será substituído nas suas funções. Irá ser despojado das insígnias do seu poder (a túnica, o cinto, a chave do palácio), as quais serão revestidas por Elyaqîm. O novo administrador do plácio será Elyaqîm receberá, o “poder das chaves”. A corrupção e o mau uso do cargo, fizeram cair em desgraça o administrador infiel. O profeta quer lembrar que a autoridade, qualquer que ela seja, deve ser exercida como um serviço ao bem comum. Lembra que quem tem tal responsabilidade deve ser um pai para todos e deve procurar o bem de todos com solicitude, com amor, com justiça.
Na Segunda leitura, São Paulo diz-nos que Deus é sempre «mais» do que aquilo que o homem possa imaginar, mais sábio, mais poderoso, mais misericordioso e mais misterioso… A nós cabe-nos contemplar e acolher essa realidade. Todo aquele que tem autoridade deve com mais diligência procurar viver no seu cargo os valores que o Apóstolo nomeia. Eles são: a profundidade da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus… Com tais valores teríamos governos e todos as formas de autoridade verdadeiramente ao serviço de todos, muito longe da corrupção e da ganância. O poder não seria nunca mais uma tosquia frequente do povo, mas antes seria um bem, uma forma de criar felicidade, bem-estar, saúde, educação e condições condignas para o povo. Mas, o que vemos com frequência, de quem detém o poder das chaves, a má criação, o péssimo exemplo, a mediocridade, os desvios para alguns dos bens que são de todos… O poder, qualquer que ele seja, muitas vezes torna-se um ninho de ladrões, porque falta a consciência da responsabilidade e uma prática que pense em todos e não apenas nos amigalhaços.
O Evangelho, em primeira mão, Jesus é o Filho de Deus, reconhecê-Lo e confessá-Lo como tal é o elemento principal da fé cristã. É o que Pedro faz de forma convicta. Assim, Jesus considera Pedro como a «rocha» e confere-lhe o «poder das chaves». A Pedro, é conferido o «poder» maior do serviço na comunidade dos crentes em Jesus. Pedro assume todos os valores do poder-serviço que o profeta anunciou e São Paulo proclamou. Jesus nomeia Pedro para «administrador» da Igreja, com autoridade para interpretar as palavras de Jesus, para adaptar os ensinamentos de Jesus a novas necessidades e situações, e para acolher ou não novos membros na comunidade dos discípulos do Reino (porém, atenção, todos são chamados por Deus a integrar a comunidade do Reino, mas aqueles que não estão dispostos a aderir às propostas de Jesus não podem aí ser admitidos). Este discernimento compete a todos os que receberam a responsabilidade do anúncio da Boa Nova da salvação. Por fim, todos são envolvidos pela comunhão e a unidade do amor de Jesus, vivendo com coragem todos os valores apresentados pelo Evangelho relativamente ao «poder das chaves».
JLR

1 comentário:

Graça Pereira disse...

Gosto de Pedro e falo muitas vezes dele às "minhas" crianças na catequese.
Identifico-me com ele: impulsiva, capaz das maiores bravuras e...negando depois! Mas Ele ama-me, senão...não me teria escolhido para a sua vinha!
Um domingo feliz.
Graça