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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Uma história que não queremos que volte...

Triste história de um país que deve dar graças pela feliz viragem que deu socialmente. Mau será que os ventos actuais nos façam pensar que podem voltar estes absurdos sinais de pobreza. E não é curioso que a estes tempos se denominavam de «época moderna»(sécs. XV – XVIII)...
«A generalidade das crianças não era objecto de instrução literária: a principal aprendizagem era ainda a de saber viver de acordo com a sua condição social. Para tanto, os nobres entregavam os filhos na corte ou a fidalgos de condição superior. […] Para as crianças das camadas populares, o trabalho era uma realidade mal se achavam capazes de desempenhar uma actividade social e economicamente útil. A maior parte começava mesmo antes dos sete anos a efectuar tarefas que contribuíam de algum modo para a economia doméstica (olhar por irmãos mais novos, limpeza da casa, ajuda na criação de animais, etc.). A entrada no mundo do trabalho era precoce, e podia implicar a ida do campo para a cidade por volta do início da adolescência ou mesmo antes. Rapazes e raparigas podiam ir servir quer como criados de lavoura quer como servidores domésticos; os rapazes podiam aprender um ofício artesanal. Outras formas de deslocação se abriam aos rapazes no início da adolescência: o embarque num navio para a Índia ou a emigração para o Brasil; mesmo a vida de missionário nas terras do Império podia começar muito cedo».
(Isabel dos Guimarães Sá - As crianças e as idades da vida. In História da vida privada em Portugal. A Idade Moderna [= HVPP], coord. Nuno Gonçalo Monteiro, Círculo de Leitores, 2011, p. p. 83-85).

Imagem in blogue: Microscopio

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