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sábado, 9 de março de 2013

Penitência

Curtíssimo ensaio poético para o fim de semana...

No vento forte renovo este olhar
Que baloiça na consciência
Que me ilumina desse mistério.
Veio um apelo ao jejum do rancor
Sacudido pela força da paz.
E nesses dias Comia à mesa
A memória do sacrifício
Porque as mãos de uma mãe
Cozinharam naquele dia
Ao cair da tarde no regaço
Da nossa casa
Uma refeição de pão e luz.
Logo depois uma noite
Mais o sentir e o sentido do vento
Como um sobressalto
Neste sentido que procuro
Na porta que se abriu
De par em par quando a solidão
Parecia ser o último destino
Do tempo.  
E quem disse que não me transformo
Pela alquimia do dom
Que a visão ditou
Neste desafio da consciência...
Ah, como são belos os sons
Que uivam nos beirais
Entre portas e janelas
Ao ritmo das árvores
Que se abandonam
Mesmo que forçosamente
Nos braços enormes
Deste movimento
Que grita ora de lado ora de frente
Até ao infinito que veio nessa música
Tocada na solenidade do Olimpo
Desta vida que vejo
Até ao momento
Dessa plenitude
Onde verei tudo para todos.
José Luís Rodrigues

1 comentário:

Alberto Couto Filho disse...

Simplesmente divino
Alberto