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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A campanha eleitoral autárquica soma e segue

Ando um pouco confuso. Não sei quem é quem na variedade dos candidatos que se propõem para governar os nossos destinos municipais. Oxalá ganhem os mais honestos, o que prometem e cumprem, os limpos de vida e de espírito, os que têm consciência do que é o bem comum. Isto é, que ganhem aqueles que não só dizem pensar nas pessoas nos discursos eleitorais, mas estarão com elas todos os dias e todo o tempo do seu mandato. Devia ser isto que se julgava no momento do voto.
Outro aspecto grave. Muito grave em democracia são os temores que se levantam, a política do medo para condicionar a decisão das pessoas, mais a ira contra tudo o que aparentemente parece mexer como vento contrário. Eis as ameaças, o menosprezo com títulos e epítetos desprestigiantes aplicados aos candidatos que pertencem à oposição e aos agentes da comunicação social. Um desrespeito pelas pessoas que nos cora de vergonha. Já seria tempo de não estarmos neste nível tão baixo de fazer política. Este modo de se propor como candidato a um cargo público, não serve os interesses do bem comum. Vamos indignar-nos com isto.
Também é incalculável a minha indignação quanto aos comícios à porta das igrejas, das capelas e nos respectivos adros. Sempre foi assim, bem não é bem assim, nos adros assistia-se à distribuição das papeladas, as canetas, os chaveiros, os bonés, as bandeiras… Comícios, não me lembro de ver. Mas desta vez sim, vemos claramente comícios nestes ambientes. Uma vergonha inqualificável. Bom, vergonha não, mas falta de sensibilidade e de respeito pelos lugares que pertencem às paróquias (propriedade privada), penso, que ninguém gostaria que fossem fazer um comício no terreiro da sua casa? - Andam por aí uma série de fotografias que atestam este abuso. Basta ter olhos para ver. Quando posso, tenho perguntado onde andam as autoridades máximas da nossa Diocese para tomarem uma posição contra isto... Mas não posso fazer mais. Junto-me ao rol imenso de gente que está a manifestar nas redes sociais e nos meios de comunicação social a sua indignação. Bem hajam, nisto vemos um sinal de que a consciência em relação ao que é certo e errado está bem presente no coração das pessoas. Começamos a acordar, isso é muito bom... 
Nas minhas igrejas está um pouco mais ou menos moderado e respeitam, porque sempre alerto as pessoas para não receberem nem falarem com candidatos dentro do adro, mas fora, nas praças e nas ruas que são espaços públicos. Porém, contaram-me que num fim-de-semana que estive ausente, foi uma vergonha, puseram-se todos à porta da igreja e quase que as pessoas não podiam sair.
Concluo já, enquanto a educação não funcionar dentro do respeito pouco ou nada podemos fazer. Porém, entendo que devia haver uma posição claramente contra este abuso da parte da Diocese e aí sim, penso, que as coisas poderiam ser mais moderadas. Enquanto não há, temos uma anarquia vergonhosa.

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