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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Para onde vamos com esta Europa?

Só para lembrar... Dado que vimos com estas eleições europeias uma Europa a caminhar para o abismo. Um Parlamento Europeu tomado pelo que há de pior dos extremismos (nazismo e extrema direita), mais ainda, o enorme alheamento dos eleitores europeus, com os países, incluso o nosso, a revelar abstenções recordes. Que nos faça pensar tudo isto que comecemos a perguntar: quo vades Europa? - Entre nós, país e Madeira, os partidos brincam entre si e ao mesmo tempo a nossa vida vai dia para dia reduzindo-se a cinzas. Acordem, enquanto é tempo...

«O sonho dos fundadores da UE não era a constituição de um império nem de uma relação de dominadores e dominados. Conseguiram, por isso, sessenta anos de paz, de desenvolvimento e de qualidade de vida, como nunca tinha acontecido na Europa. Entrar para a UE era o passaporte para um mundo de possível prosperidade, espantosamente alargado com a queda do muro de Berlim.
Que aconteceu à União Europeia para que, depois de um casamento auspicioso, cresçam as vozes anunciando um divórcio ruinoso ou a ameaça de um futuro da União a várias velocidades? A alma da Europa tem de ser a de um por todos e todos por um, implicando tanto os mais fortes como os mais débeis, cada um segundo o seu talento. A relação de dominadores e dominados só pode produzir desconfiança mútua.
Neste momento, duvida-se de tudo e está tudo posto em causa a começar pelo projecto social europeu. Seria importante corrigir o que deve ser corrigido, mas sem esquecer o que levou anos e anos a construir.
Que podem fazer os cristãos por uma Europa que seja de acolhimento dos seus membros e aberta a todos os povos? A concepção cristã da vida pode encarnar-se em qualquer povo e cultura. Em Jesus Cristo são derrubados os muros da separação. Ele não é mais de um povo do que de outro. Lembremos, no entanto, o seguinte: a hierarquia da Igreja tem insistido que sem as raízes cristãs, a Europa é incompreensível. João Paulo II multiplicou os pedidos de perdão pela infidelidade dos cristãos ao Espírito de Cristo que nos lembra: não podeis servir a Deus e ao Dinheiro».
Frei Bento Domingues

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