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terça-feira, 2 de junho de 2015

Enganos vossos lúcidas tristezas nossas

A maior fábrica de fazer pobres, Pedro Passos Coelho (PPC), veio à Madeira com uma mala cheia de nada. Foi preciso chegarmos ao ano eleitoral para que este sujeito tenha vindo ao Arquipélago da Madeira fazer promessas. Só mesmo um tolo é que vai acreditar naquilo que ele veio cá dizer. Basta lembrarmos um pouco das promessas que ele fez em 2011 a quando da anterior campanha eleitoral.
Mais bonito ainda foi, vermos que os amigos da maior fábrica de fazer pobres ou o «desgraça família», como alguém já lhe chamou, o PPC, estejam esfusiantes de alegria com o vazio das novas que o homem despejou por aí.
Porém, não é bem nisto que desejo reflectir por hoje. A política está assim, naquilo que se vê, resulta numa actividade cheia de manha e de manhosos que poucos levam a sério e os autores desse triste espectáculo estão convencidos que toda a gente os leva a sério.
Face a este episódio gostaria de salientar que este fim de semana e princípio de semana os pobres estiveram em evidência na nossa terra e no país em geral. Mas, muito especialmente na nossa região.
Por cá ainda está a ser a visita indesejada da maior fábrica de fazer pobres neste país (o PPC) e associado a isto tivemos em todo o país a campanha do Banco Alimentar. Aliás, estas campanhas desordenadas, isto é, sem rumo e sem roque, onde cada um faz a sua, estão a tornar-se um massacre para os cidadãos. Cada vez mais se vai encontrando pessoas que nesses dias de campanhas preferem passar o fim de semana a pão e água mas não põem os pés nos supermercados. Concordo com eles.
Por isso, gostaria de destacar, tristemente, que entre nós esta campanha está a tornar-se uma actividade muito ligada ao poder político e para não sermos desonestos com a realidade, desta vez uma forma de juntar os meninos e as meninas do PPD regional. Assim é, que o armazém do Banco Alimentar no fundo da Ribeira Grande em Santo António, até recebeu a incontornável Secretária Regional da Inclusão, Rubina Leal. Nada mau para uma instituição que se gaba de não estar ligada a nenhuma forma de poder. Falacias que na Madeira não resultam como constatamos.
Face a este panorama os pobrezinhos da Madeira a partir desta semana estão mais consoladinhos e podem ver pelas imagens de Televisão e pelas fotografias dos jornais como há gente boa, generosa, amiga que deita e acorda a pensar neles. Até a senhora Drª Rubina Leal, inclusiva governa assim mesmo.
Vamos à coisa séria. Está tornar-se insuportável este massacre de mentiras. Esta insuportável instrumentação da miséria como se isso fosse um valor, uma coisa boa que merece que se pavoneiem voluntários, governantes e militantes de partidos políticos em fotografias insultuosas para quem caiu na desgraça do desemprego e consequentemente na pobreza. Chega, vão cuidar da vossa vida, vão para onde quiserem ou vão até para o raio que os parta, porque já não vos aturamos mais.
Quanto à senhora secretária chamada pomposamente da Inclusão, vá trabalhar na secretaria a que lhe pertence, dedique-se às instituições governamentais que devem tudo fazer para que tenhamos uma sociedade mais igual e inclusiva, as outras as não governamentais pertencem aos cidadãos e não devem ser usurpadas por nenhum poder. Faça jus ao pomposo nome que lhe atribuíram e não goze connosco nem muito menos com aqueles que estão mergulhados na fome e na pobreza fabricada pelos partidos políticos. Até porque o padre António Vieira disse: «…Se existimos nos dias que fazemos. Nos dias em que não fazemos, apenas duramos». A visita no domingo ao armazém dos «bifes para pobres» foi isso mesmo, serviu apenas durar.
Resta dizer senhores políticos, estejam seguros que cada palavra e cada visita que realizais não passam de enganos vossos e lúcidas tristezas nossas.

1 comentário:

José Ângelo Gonçalves de Paulos disse...

"Quando a esmola é muita o pobre até desconfia" A "distinta " senhora sabe lá o que é viver na pobreza, Há muitos católicos que solidarizaram-se por essas consequências de dar de comer às pessoas, mas, politicamente, não vão à origens políticas da existência dessas causas.Isto é, votando à direita. Porque a sua segurança de vivência está garantida.São eles os artífices da opressão. Quantos aos pobres vamos dando esmolas, mais que não seja, para irmos para o céu. Tenho um compadre que me disse, uma vez, que a guerra, a fome existem por que Deus castigou as pessoas por causa do seu nudismo, mini-saias, toplesse etc. E ele que frequentava assiduamente casas de altere. Tudo boa gente!!!