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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A corrupção em todos os domínios da vida humana

Hoje é dia Mundial Contra Corrupção. Escutemos quem nestes tempos tem denunciado de forma mais veemente este flagelo do mundo, que destrói a humanidade e a natureza (a nossa casa comum)...  
O Papa Francisco resume as principais características desta praga:
1) Imanência. A corrupção tende a gerar uma "verdadeira cultura, com capacidade doutrinal, linguagem própria, jeito próprio de agir", "o cansaço da transcendência: frente a um Deus que não se cansa de perdoar, o corrupto se levanta como autossuficiente na expressão da sua salvação: está cansado de pedir perdão".
2) Boas maneiras. A autossuficiência humana cria um culto às boas maneiras para encobrir os maus hábitos. O corrupto é um acrobata da delicadeza, campeão das boas maneiras. Enquanto "o pecador, reconhecido como tal, de alguma forma, admite a falsidade do tesouro ao qual aderiu ou adere, o corrupto, no entanto, submeteu o seu vício a um curso intensivo de boas maneiras".
3) Medida moral. "O corrupto – escreve Francisco – sempre tem necessidade de se comparar com aqueles que parecem ser coerentes nas suas vidas (mesmo quando se trata da coerência do publicano que se confessa pecador)."
4) Triunfalismo. "O triunfalismo é o terreno ideal para o comportamento corrupto." A este respeito, o teólogo Henri de Lubac fala da ambição e da frivolidade que podem esconder-se na "mundanidade espiritual", a tentação mais perversa, que concebe como ideal moral o homem e seu aperfeiçoamento, e não a glória de Deus. Segundo Bergoglio, a mundanidade espiritual "nada mais é do que a vitória daqueles que confiam no triunfalismo da capacidade humana; o humanismo pagão adaptado ao bom senso cristão".
5) Cumplicidade. "O corrupto não conhece a fraternidade ou a amizade, mas só a cumplicidade"; tende a arrastar todos à sua própria medida moral. Os outros são cúmplices ou inimigos. "A corrupção é o proselitista. Ela se disfarça de comportamento socialmente aceitável", como Pilatos, "que faz de conta que o problema não lhe diz respeito, e por isso lava as mãos, mesmo que no fundo seja para defender a sua zona corrupta de adesão ao poder a qualquer preço".
A corrupção do religioso
"Na Igreja existe sempre a tentação da corrupção. É quando a Igreja, em vez de estar apegada à fidelidade ao Senhor Jesus, ao Senhor da paz, da alegria, da salvação, está apegada ao dinheiro e ao poder.
“Não é só na política, é em todas as instituições, inclusive no Vaticano há casos de corrupção”.
“É como o açúcar: é doce, gostamos, é fácil, e depois acabamos mal. Com tanto açúcar, acabamos diabéticos ou o nosso país acaba diabético”.
“Cada vez que aceitamos um suborno e o metemos ao bolso, destruímos o nosso coração, a nossa personalidade e a nossa pátria. Por favor, não tomem o gosto a esse açúcar que se chama corrupção”.
"Jovens, a corrupção não é um caminho de vida, é um caminho de morte".
Baseado na Agência Aleteia

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