Mais uma vez o exemplo de que muito tempo
no poder o mesmo partido faz estragos.
Vejo com tristeza o que acontece no
Brasil. O governo do Partido dos Trabalhadores (PT) também foi engolido pela maldita corrupção. Os
especialistas em matéria de leituras políticas vão também afirmando que esta é
a consequência das políticas implementadas. Os governos do PT não se distinguiram em nada quanto a políticas a favor das pessoas.
Ora vejamos: «Não encarou o problema
carcerário ou a brutalidade policial voltada contra os mais pobres. Não houve
melhorias notáveis no ensino ou saúde públicos. A legislação ambiental saiu de
bandeja para a agroindústria». Os mais cínicos afirmam que foram governos como
«o violino, que se pega com a esquerda e toca-se com a direita». Por isso, até não é
tanto sobre a corrupção, que essa mina a sociedade de alto a baixo para a
esquerda e para a direita, mas as más políticas que mantiveram tudo na mesma. Portugal é também sintomático desta realidade. A
corrupção, infelizmente, em nenhum sector social se coíbe de estar presente.
As políticas do PT foram mais, muito
mais a favor dos grandes grupos económicos, da grande indústria, dos
banqueiros, esquecendo os pobres, especialmente, a questão indígena. Agora
temos um emaranhado de misérias que revelam perda total de valores, para não dizer
a perda da cabeça.
Neste sentido, o arranjinho ministerial
de Dilma Rousseff para encaixar dentro de uma auréola imaculada o seu mestre
Lula da Silva, é vergonhoso e bem revelador de até onde pode ir a perda de
cabeça quando a miséria parece estar a ser destapada. Esperemos por algum bom
senso, algum pudor e quiçá a não perda total de vergonha.
E esperemos também por um fim justo e que o povo
brasileiro mantenha a serenidade necessária e que encontre quanto antes
soluções viáveis que o conduza no caminho da não violência e na justa prosperidade
social.
A meu ver nenhum partido devia estar no
poder mais do que dois mandatos. A alternância devia estar dentro dos parâmetros
legais para que pelo menos de década em década os vícios que se instalam na
poltrona do Estado fossem purificados. Já que a educação não promove a ética e
não imprime valores morais então que seja uma lei a impor o que o berço devia
ter ensinado como conduta de vida.
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