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sábado, 20 de agosto de 2016

O cartoon de uma santa e de um pecador

O cartoon é de José Alves, com o Presidente do Governo Miguel Albuquerque, crucificado, sendo ele o pecador imolado no alto da cruz após o calvário infernal do incêndio da semana passada. A secretária Regional da Inclusão, Rubina Leal, replica Santa Teresa do Menino Jesus segurando a cruz com o «pecador» crucificado. Justifica o Funchal Notícias que «por essa performance, e com a devida vénia ao Cristianismo, fazemos aqui esta alusão: o pecador é o crucificado Albuquerque e o “santo” é a santa Leal». Por fim, convida os seus leitores a tiraram as suas ilações fazendo referência a Fernando Pessoa: «Sentir? Sinta quem lê!».
Nos tempos de crise precisamos de humor e sentido crítico apurado. Mas convém não sair muito do razoável, se tivermos em conta que há crises que requerem urgentemente uma união de todos os cidadãos, de todas as entidades e instituições. Até porque há muita cinza no chão e cheiro a queimado por todo lado.
Não me choca o cartoon e fez-me rir porque achei graça. Mas, depois de pensar um pouco em Santa Teresa do Menino Jesus, na grandeza da sua pessoa e da densidade da sua mensagem, pareceu-me, que se excedia um pouco e que há críticas que não ajudam muito ou nada na união que muitos cidadãos responsáveis insistentemente têm apelado.
Mas, adiante e que nada nos perturbe o coração e a alma, para fazermos o que deve ser feito em prol do bem comum e da salvação da nossa casa comum, que entre nós se chama Madeira.
Aliás da pagela de onde se inspirou o cartoon, que reproduzimos aqui, há uma grande figura que nos convida a seguir determinados. Foi o que nos mandou o dizer de outra Santa Teresa, a de Ávila: «Nada te turbe, / .../ Sólo Dios basta». Para nós hoje, podemos ler à luz deste ditame, que nos desinibe e nos responsabiliza, de que «O proveito da alma não está em pensar muito, mas sim em amar muito». De resto, «a humildade é o cimento de todo este edifício». Assim, vamos sempre seguros que todos os bens da natureza são a outra parte da humanidade e, porque assim é, requer a união de todos à volta desta causa com todo o respeito uns pelos outros.

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