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sábado, 15 de julho de 2017

As ondas apressam-se sobre mim

Para o nosso fim de semana. Sejam felizes sempre, nunca prejudicando ninguém.
um braço redondo quase geometricamente elaborado
entre calhaus sublimes sem bicos redondos e iluminados
pelas mãos que o ventre da terra germinou sobre este pensamento
que as letras desvelam como poema em cada palavra que nasceu
no mistério da vida e da luz.

nesse momento que me enleva e me leva sobre a firmeza
vejo uma mãe feita de água pontiaguda de alegria
no mar imenso que se faz presente nesta ausência do olhar
para o além da barra que chora disponível os sonhos que faltam
porque convencionaram os paquetes não virem no verão.

depois eu parado e pequeno sobre o pontão de cimento
olho para o grande infinito além daquela linha imaginária
da visão que vem de longe, nítida, promissora de cada tarde
que sonha com o despertar de outra manhã na trama do amor.

deve ter sido Deus que nos fez da terra e da água
porque olho dentro de mim com grande independência da alma
e digo ó mar largo com fundos negros e abismos fundos
sou eu só que neste mundo lembro os teus segredos
como puro cristal nobre retratado oblíquo e receoso?

uma após outra cada onda enrola a pedra toda
e chia a espuma vagarosa no regresso sem fim pelo tempo
mas uma vaga parou há muito tempo na porta do meu coração
mesmo que por esse encontro vagamente desvende a sorrir quase nada.

por isso bastou sim o sorriso reconfortante para sempre
era a alegria imaginária da tua face que dentro de mim com firmeza
por chamamento no interior da alma sempre me convoca
como um assombro a voltar a crer no poder divino da natureza.
JLR 

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